Antioxidante

Recentemente, os cientistas têm feito descobertas que os levam a acreditar que muitas doenças têm início ao nível celular, devido a um processo que se designa por oxidação celular. É este processo que danifica a célula, causando alterações no ADN. A oxidação celular é causada por milhões de moléculas que o nosso corpo contém e que se chamam Radicais Livres.

Os Radicais Livres

Uma molécula pode ser formada por um ou mais átomos. Ela encontra-se estável quando o átomo, ou os átomos que a compõem têm um número par de electrões a orbitar o núcleo. Mas por vezes isso não acontece, e existem moléculas às quais falta um electrão, ou seja, têm um número impar de electrões a orbitar o núcleo do átomo. A estas moléculas dá-se o nome de Radicais Livres, e são elas as responsáveis pelo processo de Oxidação Celular.

Como se formam os Radicais Livres

Os Radicais Livres podem surgir como resultado do metabolismo, ou até podem ser criados de propósito, pelas células do sistema imunitário, para neutralizar vírus e bactérias. Contudo, factores ambientais como sejam a poluíção, radiação, fumo do tabaco e herbicídas, ao agredirem o organismo, podem igualmente gerar Radicais Livres.

Normalmente o organismo consegue lidar com os Radicais Livres, desde que não seja privado de anti-oxidantes, ou desde que a produção destas moléculas não se torne excessiva. Caso contrário, poderão ocorrer danos. E o mais preocupante é que estes danos, gerados por Radicais Livres acumulam com a idade.

A Oxidação Celular

A Oxidação Celular ocorre porque os Radicais Livres, para atingir o equilibrio, atacam células saudáveis, tentando roubar-lhes um electrão.

Quando um Radical Livre é bem sucedido e consegue roubar um electrão a uma célula saudável, o ADN dessa célula sofre alterações, o que abre caminho ao aparecimento de doenças. É este processo que os ciêntistas têm relacionado com muitas doenças, e até com o envelhecimento. Se conseguissemos parar completamente a Oxidação Celular que ocorre nos nossos corpos, haveria a possibilidade de pararmos também o envelhecimento.

Todos sabemos que é impossível parar completamente a Oxidação Celular, mas existem coisas que podemos fazer para reduzir este processo, coisas que podemos fazer para dar ao nosso organismo as armas que ele necessita para combater os radicais livres, reduzindo assim o risco de doenças relacionadas com o processo de Oxidação Celular.

As armas que podemos usar contra os Radicais Livres

Estas armas são os antioxidantes. Os antioxidantes contêm electrões que permitem aos Radicais Livres obter. Isto faz com que o Radical Livre seja neutralizado, e que tenha uma existência natural e pacífica no nosso organismo.

De todos os antioxidantes existentes, os mais poderosos pertencem à família das Xantonas, e o pericarpo, ou casca do Mangostão é rico em Xantonas. De facto, o Mangostão é, na Natureza, a maior fonte conhecida de Xantonas, devido à sua concentração neste fruto, sem paralelo (ver o tópico "Xantonas").

O que diz a ciência

Os seguintes estudos constam, mais detalhadamente, no Compêndio Clínico.

Mangostin inhibits the oxidative modification of human low density lipoprotein.

A oxidação das lipoproteinas de baixa densidade (LDL ou mau colesterol), pode desempenhar um importante papel na aterosclerose*. Os cientistas investigaram o possível efeito da xantona mangostin, previamente isolada do Mangostão, na oxidação da LDL humana.

Do estudo que foi feito, os investigadores concluíram que a xantona mangostin actua como exterminador de radicais livres, protegendo o LDL dos danos que lhe poderiam ser provocados pela oxidação nesta experiência in vitro. Noutras palavras, a xantona mangostin é um potente antioxidante, que actua como protector no que respeita ao desenvolvimento de aterosclerose*.

Inhibition of lipoprotein oxidation by prenylated xanthones derived from mangostin.

Os danos causados pela oxidação têm vindo a ser cada vez mais relacionados com doenças cardiovasculares e com outras doenças crónicas. Isto levou a um interesse cada vez maior pelos suplementos com propriedades antioxidantes.

Os investigadores já tinham demonstrado que a xantona mangostin (presente no Mangostão), consegue inibir a oxidação das lipoproteinas de baixa densidade, também conhecidas pela sigla LDL (low density lipoproteins) ou simplesmente como “mau colesterol”, já que o HDL – high density lipoproteins – é o “bom colesterol”. Neste estudo os investigadores avaliaram mais xantonas do Mangostão e conseguiram obter resultados ainda melhores no que respeita às capacidades antioxidantes.

De notar que, se a oxidação do LDL for evitada ou inibida, então o LDL não consegue exercer os seus efeitos nefastos, causando, p.ex., problemas cardíacos

 

* Consta no glossário do Compêndio Clínico.

Procurar no site

Compêndio Clínico.

Faça aqui o download do Compêndio Clínico "O Mangostão e as Xantonas", que reúne os resumos de alguns dos principais estudos feitos ao Mangostão e às xantonas. Todos estes resumos estão disponíveis em www.pubmed.gov